SILENCIOS E GRITOS
ALMAS FALANTES,
QUE CALAM,
GRITOS QUE NÃO SÃO OUVIDOS.
MELHOR O CALAR,
OS SILENCIOS,
DO QUE SER FOLHAS AO AR,
FALANDO FORA DO TEMPO,
GIRANDO, FEITO CATA VENTOS.
UM BÁLSAMO, UM MERCÚRIO,
UMA DOSE DE MORFINA,
APLICADA AO CORAÇÃO.
MELHOR CALAR ESSE TEMPO,
IMPEDE O SER, QUE SENTE,
SENTIR-SE UM POUCO GENTE,
DEIXAR-SE, SER EMOÇÃO.
FRIEZA, SILÊNCIOS, AGRURAS,
CADA UM, UM MUNDO,
ONDE ANDA A TERNURA?
SERÁ QUE AINDA HÁ?
CADA QUAL EXERGA UM PÉ,
UM EGOISMO PROFUNDO,
UM ABISMO! SERÁ FIM?
QUEM SABE, SABE ENXERGAR,
NUM SIMPLES DESABAFO SENTIDO,
UM POUCO DE POESIA,
QUE FAZ NASCER NOVO DIA
BENDITO, ANJO SERAFIM.
QUEM VAI DEFENDER SENTIMENTO,
CADÊ O AR DO PULMÃO?
BUSCAI O SOPRO DA VIDA,
AS FLORES NA PRIMAVERA,
AS TINTAS E AQUERELAS,
PENUMBRA E LUZ DE VELAS,
O AMOR, AINDA EXISTE!
USAI O QUE TE SOBROU,
TU ÉS O SOPRO DIVINO,
ENTOAI ENTÃO, NOVO HINO,
SEJA A NOVA CANÇÃO.
FAZEIS DE CADA SILÊNCIO,
UM GRITO, UMA ORAÇÃO!
UM ALERTA QUE LIBERTA,
CUIDADO! NÃO PERCA O TREM DA VIDA
ELE NÃO ESPERA! - TA PARADO NA ESTAÇÃO.
Marcilio Estácio de Souza – 10/outubro/2010
As 19.45 horas – Pensão Bela vista - Nova Odessa.
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