alquimia do ser

Porque reclamar da tristeza, se dela se faz a alquimia, transforma o amargo do ser em favos de poesia.

Para fazer a transmutação, basta você querer.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A poesia que vivemos

A poesia que vivemos
são tiradas dos arbustos solitários
E das pedras carcomidas

Não é fácil seguir em frente
quando os pés foram trocados por cascos

E descascas as costas ao Sol
E a água que falta
resseca a mente

A seca vem do trabalho
que trabalha pra comer
E sente o gosto
e o desgosto do fazer
que desfaz o resto

E as ilusões perdidas no caminho
Onde tropeçam os cegos da poeira
do chão de duras secas
das amargas vidas,
dos passos falidos
e dos pratos vazios

Fome e agonia
roubando qualquer sonho,
que valha as esperanças
desse mundo imundo e ladrão
Seqüestradas todas as rimas
desse poema sem alegria
Nos entregamos a rotina
Que tudo o que resta nessa vida
É viver, sofrer e morrer

Eu mudaria.

Helô Ribeiro e Lucas Franciscon  2009

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