A poesia que vivemos
A poesia que vivemos
são tiradas dos arbustos solitários
E das pedras carcomidas
Não é fácil seguir em frente
quando os pés foram trocados por cascos
E descascas as costas ao Sol
E a água que falta
resseca a mente
A seca vem do trabalho
que trabalha pra comer
E sente o gosto
e o desgosto do fazer
que desfaz o resto
E as ilusões perdidas no caminho
Onde tropeçam os cegos da poeira
do chão de duras secas
das amargas vidas,
dos passos falidos
e dos pratos vazios
Fome e agonia
roubando qualquer sonho,
que valha as esperanças
desse mundo imundo e ladrão
Seqüestradas todas as rimas
desse poema sem alegria
Nos entregamos a rotina
Que tudo o que resta nessa vida
É viver, sofrer e morrer
Eu mudaria.
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