alquimia do ser

Porque reclamar da tristeza, se dela se faz a alquimia, transforma o amargo do ser em favos de poesia.

Para fazer a transmutação, basta você querer.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ALMA FALANTE.


Águas no entardecer,
Horizontes escuros,
Passos molhados,
Sapatos furados,
Corações ilhados...

Simplesmente... Distancia...

Água, sem guarda chuva,
Bem te vi na janela,
Um trago,
E as seqüelas,
Um quarto, aquarela.
O galo em silêncio,
As angustias, e os lenços,
As feridas a sangrar.

Simplesmente... Silenciar...

Um Quintana na estante,
“A palavra” na mesa,
Um nó na garganta,
Só um lanche, na janta,
Saudades do quê?
De mim, ou você?

Simplesmente... Falar...






Um amigo, ou amante,
Um futuro? – vou ver.
Um cabo, uma ponte,
Um inferno de Dante,
Um som na vitrola,
Um carinho, ternura,
Um sabor de amora,
O beijo de outrora.

Simplesmente... Viver...

Pelas trilhas andar,
Noutro mar navegar,
Enxergar horizonte,
Escalar esse monte,
Uma força, que move,
Missão a cumprir,
Carregar toda pedra,
Saudar o destino,
Colocar-se a sorrir

Simplesmente... Amar...

Distanciar, silenciar, falar, viver e.... amar...

Marcilio Estácio de Souza
Outubro/01/2010 – 18 hs

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