alquimia do ser

Porque reclamar da tristeza, se dela se faz a alquimia, transforma o amargo do ser em favos de poesia.

Para fazer a transmutação, basta você querer.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quanto vale um sentimento?
Em tempos obscuros, eis uma pergunta chave.
“ Quanto custa um sentimento?”
Todas as coisas perderam seu valor real, e passaram a ser apenas um custo; tudo se negocia, tudo tem um preço, tudo está ligado ao dinheiro.
O amor que era há tempos atrás, um nobre sentimento, que irmanava as pessoas, (era um valor) hoje está vinculado a valores pervertidos, em que se misturam o preço e o valor.
A mulher mais bonita, não é aquela que tem nobreza de sentimentos e respeito às demais pessoas, é sim, aquela que tem o cabelo mais caro, pintado pelas cores da moda, a roupa mais bonita de acordo com os ditames do capital que te vende o que você não precisa, as unhas mais bem feitas, a pele mais (aparentemente) saudável, o sorriso ( mesmo que falso) mais aprazível, o sexo mais moderno de acordo com os ditames dos filmes “proibidos” para menores.
O cara mais legal é aquele que tem uma situação financeira definida, que tem um carro para se locomover, uma casa para morar, mesmo que ele do ponto de vista humano seja um alienado, que só olha o próprio umbigo e usa desses artifícios para se sobrepor aos demais.
Isso me faz lembrar o que disse ‘Sócrates, filósofo grego, que também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”
Os sentimentos viraram nada, não valem nada, apenas custa o valor que se paga para estar em meios sociais imundos, em que as palavras são apenas palavras, e não refletem a essência dos verdadeiros e mais puros ares da vida.

Custar e valer, são termos diferentes.

Aí entra a pergunta fundamental: Seus sentimentos e relações estão baseados em custo ou valor?
Quanto vale o amor que você dedica às pessoas que te rodeiam? Ou:
Quanto custa a relação que você tem com as pessoas?
Um calçado vale o seu valor social de proteger os pés, ou seu custo, que está vinculado ao status social que ele te confere pelo preço que você pagou?
Você prefere viver humildemente, com graça e alegria, ou viver a vida baseada nos comerciais de Tv, com luxo e ostentação, trocando  o verdadeiro sentido da existência e do amor, por símbolos que te impuseram?
O artigo não pretende trazer respostas, ao contrário, busca abrir seus horizontes para que você possa avaliar com mais clareza o sentido etimológico das palavras, buscar sua significação, sua essência, e a partir daí responder para si mesmo qual é o sentido da sua existência. 
Marcilio Estácio de Souza – 24/01/2011 – Pensão Bela Vista - Nova Odessa - 11.35 horas. 

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