Hipócritas
Serenidade propaga,
Semeia, no entanto loucuras.
Digere o vomito dos insensatos,
Não há que excretar a doçura.
Discursa sobre o belo,
Aponta os lírios do campo,
Mas prende-se a teias insanas,
É fúnebre o seu canto.
Na arte de representar,
Comove; joga com palavras.
Destrói como um vulcão,
De ti jorra um rio de lavas.
Encanta-se com a primavera,
Sublinha gotas de orvalho.
Mas seco, sem gestação,
És fêmea sem ovário.
Marcilio Estácio de Souza
Unisal – sala de aula - 2007
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