alquimia do ser

Porque reclamar da tristeza, se dela se faz a alquimia, transforma o amargo do ser em favos de poesia.

Para fazer a transmutação, basta você querer.

sexta-feira, 17 de junho de 2011


TRANSMUTAÇÃO

A frieza congela as almas,
as vidas não valem tostões,
a arrogância dos donos do mundo,
nos extratos que mostram milhões.

O poder que move as peças,
nos tabuleiros da vida.
poucos se fartam às  mesas,
a tantos, viver sem guarida.

O status de auto que move,
não faz mover o coração.
As tintas do egoismo,
ofuscam a reconstrução.

Que venham os filhos de Ghandi,
humildes com seus pés no chão,
navegando dentro do arco-iris,
nas asas de um beija flor,
trazendo no bico a esperança,
compondo as canções do futuro,
melodias que falam de amor.

Marcilio Estácio de Souza

em 15/06/2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

QUINTA ESTAÇÃO
( Para Kety Nicolini)


O tempo passou devagar,
a espera não foi em vão.
As forças do universo,
fizeram a conspiração.

As leis eternas não negam,
nem a ciência pode questionar,
os rios seguindo seu curso,
atravessam vales e montes,
e sempre chegam ao mar.

Os poemas dos dias tristes,
traziam a premonição.
Os desertos da alma morreriam,
viria a quinta estação.

E assim, conforme previsto,
um olhar se torna canção,
nas montanhas de Bragança,
dois seres numa só dança,
constroem as pontes que ligam,
as estradas do coração.


Marcilio Estácio de Souza - 09/06/2011 - 11.40 horas.
No trajeto Campinas - Nova Odessa.

terça-feira, 24 de maio de 2011

ENCONTRO DE HISTÓRIAS.
(Para Kety Nicolini)

Caminhos muito distantes,
A Escola, um poeta na acrópole,
O menino vive na província,
A deusa numa metrópole.

Caminhos inimagináveis,
Passos ao encontro de então,
Um trem que vai para Campinas,
Aproxima  Eva e Adão.

As trocas da vida se fazem,
Passos na mesma estrada,
As rotas do interior,
São partes da nova jornada. 

O tempo que passa cantando,
Os anos não foram em vão.
A vida com seus desencantos,
Anuncia a nova estação.

Então num curso, algo mais,
A mulher e a racionalidade,
Encantos diversos, difusos,
Nas trilhas da felicidade.

Duas almas incompletas,
Meu Deus! Quanta  negação
Ninguém é dono das rotas,
Ninguém domina as notas,
Que fazem a nova canção.

Vieram os lábios colados,
Pintando novas trajetórias,
As luzes do alto alumiam
Esse doce encontro de histórias.

Marcilio Estácio de Souza.
Nova Odessa - 25/05/2011 – 02.00 horas

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O AMOR CHEGOU ?

Quando o amor chegar,
Irá sorrir e cantar,
Será então só poesia,
Mudará seu jeito de andar.

Quando o amor chegar,
O pobre, que é sonhador,
Vai sair da vida vivida,
Vai livrar-se de toda dor.

Quando o amor chegar,
Será a prima e a Vera,
Jogará nos lixos da vida,
A vida que o fez fera.

Quando o amor chegar,
Verá o pássaro cantar,
Descobrirá um novo jeito,
A orientar seu pensar.

Quando o amor chegar,
Será apenas menino,
Vai aprender a compor,
Cantará então o novo hino

Quando o amor chegar,
Serás dono do universo,
Seus olhos serão a luz,
Jamais apenas o sexo

Quando o amor chegar,
Será, talvez quase nada,
Será apenas a luz,
Que ilumina a alma,
Que faz um novo encontro,
Ao encontrar sua amada.

Será então o que deve,
Será presente e passado,
Fará o seu combinado,
Será o que sempre foi,
Um homem que sonha acordado,
Construirá um caminho,
Os pássaros nos seus ninhos,
Por onde se fazem os ritos
Constroem os seus infinitos
Encontros da mais fina flor,
Dois seres em sua plenitude,
O sangue que jorra nos rios,
Que fazem calar os frios
Duas pessoas que amam,
Entoando o mesmo canto,
Que vivem o grato encanto
Dois seres, um só amor.

Marcilio Estácio de Souza

Casa da Denise. Nova Odessa.

17/05/2011.

terça-feira, 10 de maio de 2011

CONSTELAÇÃO CÓSMICA.


Tem encanto e tem magia,
Num encontro sem igual.
Tem um vinho com frisante,
não tem vela, ou castiçal.
Tem um banho sem espuma,
com a taça de cristal.

Um espelho a olhar,
refletir aquela dança.
As cadeiras balançar,
No ritmo da esperança

Tem amor e poesia,
Nas luzes do amanhecer,
Uma Deusa encarnada,
Cativando um novo ser

Tem a nova primavera,
Fora da sua estação,
A singela flor de lótus,
Que mexe com a emoção.

Sagrado o que está escrito,
o amor, pelas  beiradas.
É Impossível evitar ,
O encontro das estrelas,
ao cumprir suas jornadas.


Marcilio Estácio de Souza.

02 de maio de 2011.

16.40 hrs. Nova Odessa.
NOVOS TEMPOS.


Caminhos longos,
Meu Deus! sempre novas as estradas,
Filhos perdidos, sem pai,
Em busca de novas jornadas.

Um rumo, novo horizonte,
Rios, seu curso, um mar,
As pedras estão no caminho,
Mais flores estão pra chegar.

Existe um novo arco Iris,
Um novo sonho, sonhar,
A vida vira aquarela,
Novas cores, na alma pintar.

O medo, um forte, um grito
Perdição nesse infinito,
O Deus do amor, construção.
Escreve o que não estava escrito.

Nas ruas da imensidão,
Distantes dos ópios da vida
Nos braços de outras estrelas,
Surgem as novas guaridas.

Venha essa luz então,
Chegou novo alvorecer,
São os poemas de hoje,
As asas de um novo ser.


Marcilio Estácio de Souza.... na casa da Denise,

Vivendo a plenitude. – 09/05/2011 – N.Odessa.
ALAMEDAS ETERNAS



Ventos, e brisas na face,
Alicerces desta construção,
O bem querer manifesto,
Flores de outra estação.

Um pássaro sorridente,
A saudar a sua amada,
Duas vidas, duas almas,
Embarcados na mesma jangada.

A árvore está a florir,
Anuncia o belo; o porvir,
Nas alamedas eternas,
Dois seres, um só sorrir.

Os sons incomodam ouvidos,
Que querem silenciar,
Desejo fora de controle,
A sede enorme de amar.

Estradas que levam ao bem.
Rotas que são alteradas.
A vida apresenta surpresas,
Ninguém tem duas amadas.

As faces do amor se expressam,
Constroem a nova canção.
As luzes da eternidade,
Clareiam o que é divino,
Artérias do coração.


Marcilio Estácio de Souza
Nova Odessa – 10/05/2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CICLOS...



Fechamento de um ciclo,
um novo jardim florir,
Experiências vividas,
uma vida pra sorrir.

Rios do conhecimento,
concretos, almas, cimento.
Nesse mundo o seu destino,
universo e firmamento.

O saber das operações,
a tudo interpretar,
saber escolher o caminho,
sempre dono do seu mar.

olhar mirando pra frente,
as vezes, um passo atrás,
gotas de sabedoria,
ter rédeas, seu rumo domar.

Venha a nova construção,
seja ela qual for,
a seta do seu coração,
indica o caminho do amor.

o futuro é feito um hino,
flamboyants pelas estradas,
sempre nova é a jornada,
obreiro que toca o sino.

O terno não é eterno,
No mundo não te basta ter,
tú és a letra da canção,
tú és poesia do ser.

Marcilio Estácio de Souza

Para meus filhos Mario Cristino de Souza Sobrinho e Marcel Alves de Souza, na formatura do Ensino Fundamental.

NOSTALGIA



Trepado no pé de goiaba,
pensamento na Yeda,
os dentes de marfim,
a boca que era de seda.

Panela de requeijão,
leite quente no curral,
o ferro quente na brasa,
pra marcar o animal.

Tinha festa de São João,
Cristiane na quadrilha.
Pula fogueira iaiá,
siga em frente, em sua trilha.

O olhar de um menino,
via Deus numa mulher.
O futuro prega peças,
faz da gente o que bem quer.

Um trem, e uma estação,
a praça da televisão
alguns passos para o paço,
lá se faz conspiração.

Um barraco, três espaços,
belo pé de trepadeira,
os sorrisos de criança,
uvas verdes na videira.

A partida e as voltas,
fizeram a conspiração,
um encontro ocasional,
trás de volta a emoção.

Tudo que é bom é pra sempre
marca o profundo do ser,
A vida tem mais sentido,
Pra quem não é ressentido,
Arranha-se nos espinhos,
Mesmo assim consegue viver.

Marcilio Estácio de Souza – “a 1ª do ano”
09.45 hrs. 07/01/2011- Pensão Bela Vista

SENTADO NA PRAÇA.



Sentado a sentir, ao lado chafariz,
O lazer e a cultura.
Tem Sangue por dentro,
Rompendo a estrutura.

Nova base, novo  ser,
Novo sentido, novas vidas.
Apenas  um filho da Pátria,
Sempre novas, as guaridas.

Novas abstrações,
Novas rotas, direções,
O amor, que ainda existe,
Constrói as novas canções.

Apenas um leve roçar,
Uma nova reverencia,
O mesmo sorriso infantil,
Revela eternas carências.

Sempre há um novo encontro,
com sonhos que foram  perdidos.
Caminhos de volta, voltar existir,
O novo há de ser parido.


Marcilio Estácio de Souza

Abril/2011 – Americana-SP.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Meu Deus... Obrigado, voltou minha inspiração... minha dor virou poesia de novo, para que eu pudesse voltar a viver......, eu precisava voltar a poetizar a tristeza... o tema predileto dos poetas, assim  como é a Lua prateada, o entardecer e o alvorecer.

SILENCIAR DA POESIA

Silêncio de poesia,
Alma que se cala.
Gritos, escritos no olhar,
Daquele que já não fala.

Calar-se, para não dizer,
A falta da existência, do ser,
Meus Deus! Cadê o motivo,
Que motiva o homem viver. 

Saber ganhar, ou perder,
Saber olhar o horizonte,
Ver a vida, que existe
Que brota por trás dos montes.

Calar-se, pra não dizer,
A ternura de um querer,
Que partiu para bem longe,
Não há mais a graça de ser.

Que bom ainda acreditar,
Que existe sempre um caminho,
Que faz o sonho existir,
Pra todo ser, tem um ninho.

Que as águas desse mar,
Traga as novas ondas,
Não ser José, nem Antonio,
Nem mesmo Epaminondas,
Ser o fruto da vida que há,
Menino, calçado de congas. 

....Marcilio Estácio de Souza...
Um dia do fim março/2011


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O SONHO QUE EU TIVE....


Sonhei que existia uma cidade na região metropolitana de Campinas, entre Sumaré e Americana, uma cidade que apesar de possuir apenas aproximadamente 50.000 habitantes era pujante, desenvolvida, altamente industrializada,  moderna, preocupada com o meio ambiente, com a saúde e a educação das crianças, com professores devidamente valorizados,  em que os cidadãos eram todos tratados com respeito.

Uma cidade em que o cidadão ficava no máximo uma hora esperando atendimento médico no hospital público, com um transporte publico de boa qualidade, em que as pessoas nunca esperavam mais do que 20 minutos uma condução, que tinha tratamento de esgotos, coleta seletiva de lixo, escolas bem construidas, todas com bibliotecas, quadras bem feitas e cobertas, salas arejadas, salas de informática, lousas e materias pedagógicos modernos, sala de professores com computadores de última geração, internet rápida e impressoras de boa qualidade. Tudo isso graças a competência dos seus gestores, que se preocupavam em oferecer ao povo mais do que pão e circo e aos servidores públicos  mais do promessas de migalhas na forma de abonos saláriais.

Nessa cidade os professores tinham acesso a cursos na  Universidade Estadual mais próxima,conhecida como UNICAMP, mantidos por convênios firmados com a Prefetura local; que existia nessa cidade um plano de carreira muito bem elaborado, por profissionais competentes, que permitia a ascensão profissional de todos os educadores. Lá Nessa cidade, os professores iam trabalhar contentes, e em consequência disso os alunos também adoravam a escola, por isso tinham um desempenho extraordinário, superando todas as expectativas dos orgãos do governo federal.

Lá nesse município, ao final do ano os professores, como prémio por méritos, diante dos bons resultados verificados, recebiam 14º salário no valor integral da sua remuneração mensal, o HTPC (horário de trabalho pedagógico coletivo)  estava incluido nos salários, e mais que isso: desde a creche até o 5º  ano, todos os profissionais recebiam a mesma remuneração e tinham os mesmos direitos. Se algum profissional queria se especializar, o município pagava o curso e ao final do mesmo, o educador tinha um acréscimo significativo na sua remuneração mensal.

Para mostrar o compromisso dos dirigentes dessa localidade, ao final do ano letivo, o prefeito, que tinha um verdadeiro compromisso com o futuro da sua cidade, do seu estado e do seu pais, que entendia o valor daqueles que ensinam, compartilham conhecimentos e educam as crianças, sempre enviava para a Câmara municipal um projeto de Lei pedindo autorização para distribuir entre aqueles que colaboram para o progresso da cidade e a aprendizagem das crianças os residuos ( sobras) de recursos de um fundo nacional  criado para valorizar a educação.( e melhor que isso, não apenas pedia autorização para fazer média, cumpria com o que se propunha a fazer).

Infelizmente eu acordei, meu sonho não era sonho, era um pesadelo, e ví que aqui em Nova Odessa nada  disso era verdade, mas também me lembrei de um cantor admirado por muitos, odiado por tantos outros , que dizia: SONHO QUE SE SONHA SÓ, É SÓ UM SONHO SÓ, MAS SONHO QUE SONHA JUNTO É REALIDADE.

ACREDITEM: NINGUÉM VIRA DOUTOR SEM TER UM BOM PROFESSOR.

Esse é um desabafo do movimento pela valorização da educação municipal de Nova Odessa e dos Conselheiros Municipais representantes do Ensino Fundamental.

Marcilio Souza, Marilei Milok, Paulo Paspardelli.     

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUEM SOU EU?

Um dia na inóspita Martinópolis, ali, na Fazenda Santo Antonio, mais precisamente na Colônia Torta, no ano da graça de 1965, mais exatamente do dia 25 de novembro, eu nasci.
Fui fruto de um grande amor, sou filho do amor do “seu” Manoel e da “dona” Maria..
Viví nas fazendas Santo Antonio, na fazenda do Senhor Otacílio Nunes, no sitio do vô Ivo.
Comi os doces, os queijos e requeijões feitos pela vó Ana, carreguei meus irmãos no colo. Briguei com o tio Nenê pelas raspas de requeijão que ficavam no fundo e nas bordas da panela de pressão.
Brinquei de ser homem com a Yeda, dancei quadrilha com a Cristiane, namorei a Rosa e a Lú... Sempre fui querido por ser transparente em relação aos meus sentimentos.
Vendi de tudo na vida: laranjas, salgadinhos, doces, sorvetes. Vi as obras da Rodovia dos Bandeirantes, fui amigo dos operários e querido por eles.
Comi o bandeco das obras, sempre um pedaço de carne dura e um pedaço de pão.
Tirei areia dos córregos para carregar caminhões aos 12 anos, atendi balcão de bar, lavei copos, servi mesas... fui serviçal.
Fui drogado, experimentei tudo que havia na minha época, me embriaguei, tomei muitas farmácias, busquei o ópio.
Cavei poços, contrui barracos, ouvi musica sertaneja sentado ao lado do papai, fui com ele nas missas dominicais dos bairros São João e Santa Lucia em Campinas. Também fui soldado de Cristo ( Salve a memória da querida dona Jandira).
Fui militante de causas nobres, vivi as utopias, escondi no meu cesto de salgados jornais de oposição a ditadura militar.
Sou o pai do Felipe Mateus, fruto da minha relação com a Sra. Marilza Barbosa de Lima. Vivi muitos anos ao lado da mulher que é exemplo de firmeza e determinação, que se chama Lia de Souza.
Sou pai do Marcelo, Mariana, Marcilio José, Mario Cristino, Marcel Alves, Marina Vitória. 
Já andei pelos quatro cantos do meu estado e parte do meu país, já errei e acertei muito, e ainda não vivi quase nada.
Namorei e tive momentos de muitas alegrias ao lado de Mazé Estácio, mulher pela qual tenho grande respeito e admiração.
Fiz escolhas, renunciei posições e salários bons parta voltar a estudar, e fiz isso muito bem acompanhado no Ceesa de Americana, tendo ao meu lado pessoas especiais como: Néia, Marcelo Flores, Emerson.
Fui aluno dos melhores professores, a saber: Antonio Seleghini, Gil, Glorinha, Groppo, Marcos Francisco, Pedro Chan, Regiane, Claudinha, Pe. Cristiano, Severino, Gabriel, Adriana Alves, Marcos capossoli, e tantos outros.
Formei-me em pedagogia com bolsa integral conquistada através do pró-uni, faço pós em pedagogia Social.
Sou um homem feliz, vivo feliz, mesmo com as angustias naturais a qualquer ser humano.
Escrevo poesias para afastar a minha dor de viver nesse mundo tão desumano e tão desigual.
Tenho muito mais pra falar. Sou Marcilio Alves de Souza, que poéticamente adotou o Estácio no sobrenome em homenagem a minha querida, adorada e abençoda mãe Maria Luiza.
Tenho 45 anos, que valem por 90 daqueles que não sabem extrair da vida o que de melhor ela tem para oferecer.
Não tenho medo de nada, de ninguém. Nem de Deus, nem do Diabo, nem da Vida, nem da morte.
Quando vc quiser contar um causo, falar da vida, da morte e da reencarnação, me procure... Eu sou da pedagogia, da filosofia, da sociologia, da psicologia, da poesia.

EU SOU UM FILHO DO SAMBA, QUE GOSTA DE CANTAR A MUSICA DO DR. DELEGADO, GOSTO DO NOEL. EU SOU PORTELA DE CORAÇÃO. ( VIVA A VELHA GUARDA DA PORTELA - ONDE O SAMBA ESTÁ NO CORAÇÃO)
VISTA ESSE MANTO AZUL E BRANCO, CANTE UM SAMBA COMIGO E SEJAMOS FELIZES JUNTOS.


mARCILIO eSTACIO DE sOUZA - 25/01/2011 - PENSÃO BELA VISTA - N.ODESSA AS 13.00 HORAS.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quanto vale um sentimento?
Em tempos obscuros, eis uma pergunta chave.
“ Quanto custa um sentimento?”
Todas as coisas perderam seu valor real, e passaram a ser apenas um custo; tudo se negocia, tudo tem um preço, tudo está ligado ao dinheiro.
O amor que era há tempos atrás, um nobre sentimento, que irmanava as pessoas, (era um valor) hoje está vinculado a valores pervertidos, em que se misturam o preço e o valor.
A mulher mais bonita, não é aquela que tem nobreza de sentimentos e respeito às demais pessoas, é sim, aquela que tem o cabelo mais caro, pintado pelas cores da moda, a roupa mais bonita de acordo com os ditames do capital que te vende o que você não precisa, as unhas mais bem feitas, a pele mais (aparentemente) saudável, o sorriso ( mesmo que falso) mais aprazível, o sexo mais moderno de acordo com os ditames dos filmes “proibidos” para menores.
O cara mais legal é aquele que tem uma situação financeira definida, que tem um carro para se locomover, uma casa para morar, mesmo que ele do ponto de vista humano seja um alienado, que só olha o próprio umbigo e usa desses artifícios para se sobrepor aos demais.
Isso me faz lembrar o que disse ‘Sócrates, filósofo grego, que também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”
Os sentimentos viraram nada, não valem nada, apenas custa o valor que se paga para estar em meios sociais imundos, em que as palavras são apenas palavras, e não refletem a essência dos verdadeiros e mais puros ares da vida.

Custar e valer, são termos diferentes.

Aí entra a pergunta fundamental: Seus sentimentos e relações estão baseados em custo ou valor?
Quanto vale o amor que você dedica às pessoas que te rodeiam? Ou:
Quanto custa a relação que você tem com as pessoas?
Um calçado vale o seu valor social de proteger os pés, ou seu custo, que está vinculado ao status social que ele te confere pelo preço que você pagou?
Você prefere viver humildemente, com graça e alegria, ou viver a vida baseada nos comerciais de Tv, com luxo e ostentação, trocando  o verdadeiro sentido da existência e do amor, por símbolos que te impuseram?
O artigo não pretende trazer respostas, ao contrário, busca abrir seus horizontes para que você possa avaliar com mais clareza o sentido etimológico das palavras, buscar sua significação, sua essência, e a partir daí responder para si mesmo qual é o sentido da sua existência. 
Marcilio Estácio de Souza – 24/01/2011 – Pensão Bela Vista - Nova Odessa - 11.35 horas. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

RECONCILIACIÓN
(Copiado da Internet)


Amor mío, que nos ha pasado,
Ya no somos tan unidos
Como éramos antaño,
En mis sabanas siento frío
Por las noches ya no hay abrazos
No platicas lo que sientes
Solo hay ratos amargos,
No me besas tiernamente
Como lo hacías hace años...
A caso ¿ya no me quieres?
A caso ya ¿te he cansado?
Todo lo que nos unía
Parece que lo has olvidado,
Me siento cada vez más vacía,
Quizás nos hacemos daño...
Y el tiempo pasa y pasa,
Sin un momento de antaño,
Lo quiero, lo deseo,
Lo grito y lo extraño,
Hace tanto, tanto tiempo
Que no me dices te amo,
Mi vida me haces falta
Y quiero reconciliarnos,
Poner todo de mi parte
Para volver a reencontrarnos
y que ya no sientas frío
Por las noches y besarnos,
Tiernamente y suavemente
Hasta quedar extasiados
Para así prometernos
Jamás, jamás alejarnos.

( Magali Sauceda )

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VITÓRIA SERTANEJA

VITÓRIA, MULHER SERTANEJA,
FILHA NATA DO SERTÃO.
AS DOCES RECORDAÇÕES,
ACALENTAM O CORAÇÃO.

Vitória de Tauape,
Ou será de Caculé?
Lembranças são panacéias,
Valem por um cafuné.

VITÓRIA, RÉGIA DA VIDA,
VOCÊ SEMPRE ESTA AQUI.
TEM FOGÃO DE LENHA ACESO,
SINTO CHEIRO DE PEQUI.

Vitória, serena, ordeira.
Deve estar com seu João.
Pegue o terço, minhá “veia”
É hora da oração!

VITÓRIA DO MEU JARDIM,
PERFUMANDO A PRIMAVERA.
INTERCEDA AO SER DA LUZ,
PRO HOMEM NÃO VIRAR FERA.

Vitória tu és eterna,
Tradução do que é amor.
Seu olhar e seu sorriso,
São remédios para a dor.

................marcilio Souza – 11/09/2009.


homenagem a minha querida avó Vitória ( im memoriam)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tormenta
Que  venha  os  mais  belos  e                                                                                                                                       estranhos  acasos  inefáveis
Riquezas  raras                                                                                                                                                                 de  valores  invioláveis
Buscas  abstratas                                                                                                                                                  mistérios  aflitos                                                                                                                                                      torturas  intermináveis
Que  venha  comigo  por  entre                                                                                                                                      abismos  e  cordilheiras  inevitáveis
Dá  me                                                                                                                                                                                                               os  teus  sinistros  infernos imponderáveis!

Alessa David
Quarta-feira

O sabor da goma de mascar
O cheiro do giz
A loucura que não quer acabar
Os problemas na ponta do nariz.

Assim é a quarta-feira
A noção se perde
E estou bem na beira
O precipício é de mim mesma.

Passa quinta, passa sexta-feira
Passam todas as semanas
E tento não pular
Procuro o sabor que vai me acalmar.


   

 Heloisa Ribeiro

 08/10/2003



Obscuramente  Vago
Obscuro  e  vago                                                                                                                                                                                                 sem  destino                                                                                                                                                                       Vago  pela  noite                                                                                                                                                  Ruas  escuras
O  chão  molhado                                                                                                                                                  Lágrimas                                                                                                                                                                                           O  vento  gelado                                                                                                                                                Saudades
De  repente                                                                                                                                                                    vagar  devagar                                                                                                                                                       por  entre  labirintos                                                                                                                                                                                        do  pensamento                                                                                                                                                                                                                                                                           Confusões  lamentos
Sem  sol ,  sem  lua                                                                                                                                             sozinha  desamparada                                                                                                                                                                                                                    na  estreita  rua  escura
Desconforto  desencanto                                                                                                                                                                                                                                                            busca  que  faz  surgir                                                                                                                                                                                  o  pranto                                                                                                                                                                           Vago  sem  acalanto

Alessa David