alquimia do ser

Porque reclamar da tristeza, se dela se faz a alquimia, transforma o amargo do ser em favos de poesia.

Para fazer a transmutação, basta você querer.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

NOSTALGIA



Trepado no pé de goiaba,
pensamento na Yeda,
os dentes de marfim,
a boca que era de seda.

Panela de requeijão,
leite quente no curral,
o ferro quente na brasa,
pra marcar o animal.

Tinha festa de São João,
Cristiane na quadrilha.
Pula fogueira iaiá,
siga em frente, em sua trilha.

O olhar de um menino,
via Deus numa mulher.
O futuro prega peças,
faz da gente o que bem quer.

Um trem, e uma estação,
a praça da televisão
alguns passos para o paço,
lá se faz conspiração.

Um barraco, três espaços,
belo pé de trepadeira,
os sorrisos de criança,
uvas verdes na videira.

A partida e as voltas,
fizeram a conspiração,
um encontro ocasional,
trás de volta a emoção.

Tudo que é bom é pra sempre
marca o profundo do ser,
A vida tem mais sentido,
Pra quem não é ressentido,
Arranha-se nos espinhos,
Mesmo assim consegue viver.

Marcilio Estácio de Souza – “a 1ª do ano”
09.45 hrs. 07/01/2011- Pensão Bela Vista

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